Nascimento de Portugal - Invasões dos Vikingos

Nascimento de Portugal - Invasões dos Vikingos, Drakar vikingo

Invasões dos Vikingos (844, 858, 968)

Em 840, um número indeterminado de embarcações bordearam a costa galega e asturiana até chegar à actual Torre de Hércules - torre e farol situado na península da cidade da Corunha em Espanha - (o seu grande tamanho deve ter-lhes parecido importante) e saquearam a pequena aldeia situada a seus pés. Ordonho I teve notícias da expedição e convocou o seu exército para fazer frente à incursão, derrotando os vikings e recuperando boa parte da pilhagem.

Mandou afundar entre sessenta e setenta dos seus barcos, o que não deve ter sido uma grande vitória como demonstra o facto de que seguiram a sua campanha de saques.

Em Lisboa os cronistas falam de uma esquadra composta por 53 baixéis.

No ano 844 outra expedição normanda arrasa a cidade de Gijón e segue a costa atlântica até chegar a Lisboa e atacá-la. Em seguida tomaram Cádiz e subiram de novo pelo Guadalquivir, saqueando minuciosamente Sevilha durante 7 dias, a partir da qual lançaram ataques por terra.

No entanto, quando Abderramão II saiu com os seus homens, e após algumas batalhas, os vikings viram que não podiam vencer a força andalusa e fugiram, abandonando Sevilha e deixando muitos para trás, que se renderam às forças do Emir. Destes, os mais afortunados acabaram criando cavalos ou fazendo queijo, os menos com o velho castigo para a pirataria: enforcados.

Durante o reinado de Afonso III das Astúrias, os vikings chegaram a cortar as comunicações navais com o resto de Europa. O historiador e hispanista Richard Fletcher menciona pelo menos duas incursões assinaláveis na Galiza em 844 e 858.

Afonso III estava bastante preocupado pela ameaça dos vikings para estabelecer postos fortificados na costa, como faziam outros reis.

Em 858 os normandos sobem pelo Ebro desde Tortosa, sobem-no até ao Reino de Navarra, deixando atrás as inexpugnáveis cidades de Saragoça e Tudela, seguem depois pelo seu afluente, o rio Aragão até encontrarem o rio Arga, o qual também sobem, chegando até Pamplona que saqueiam, raptando ao rei navarro.

Uma expedição similar ataca Orihuela a partir do rio Segura. Em 859, os vikings chegam de novo a Pamplona e sequestram o novo rei Garcia I Iñíguez.

Como consequência destes ataques, em 859 tentou-se detê-los de novo. Ampliou-se o porto de Sevilha e aumentou-se a frota de vigilância marítima sob os reinados de Abderramão III e Alhakén II.

Abderramão

Em 968 o Bispo Sisnando de Santiago de Compostela foi assassinado e o mosteiro de Curtis saqueado, tendo de se tomar medidas para defender a cidade interior de Lugo (Espanha). O saque de Tui no século XI deixaria o cargo episcopal da cidade vazio por meio século.

A montante no rio Minho, já na margem esquerda, nas arribas ribeirinhas de Melgaço, existem no monte do Prado, dezenas de misteriosas e grandes cabeças de figuras fantásticas, iguais às que os vikings esculpiam, pensam alguns historiadores terem esta origem.

A captura e sequestro de reféns para pedir um resgate também foi prática comum: Fletcher menciona o pagamento de Amarelo Mestáliz para garantir a segurança da sua terra e resgatar as suas filhas, capturadas em 1015.

O bispo Crescónio de Compostela (1036–66) repeliu ainda outro ataque viking e mandou construir as Torres do Oeste (Catoira) como fortaleza naval para proteger Compostela.

A Póvoa de Varzim, no norte de Portugal, foi colonizada pelos vikings; a cidade de Braga muitas vezes saqueada, bem como todo o vale e localidades do vale do rio Cávado, com tanta frequência, que motivou a construção das impressionantes muralhas da cidade de Guimarães. Também a cidade do Porto e o vale do rio Douro. Lisboa sofreu ataques de grande importância. Mais contundente foi o conde Gonçalo Sancho que destruiu toda a frota de Gunrod da Noruega; o conde Sancho capturou e esfaqueou toda a tripulação e seu rei.
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Fonte; http://historia-portugal.blogspot.pt/

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