«Ridículo, não é? Extinga-se a taxa!» Paulo Morais



Licença de Isqueiro:
Na década de sessenta, quem usasse isqueiro (e não fósforos) para acender o seu cigarro, tinha de pagar uma licença ao estado português. O fisco dispunha mesmo de zelosos funcionários, os “fiscais de isqueiro”, que, ao detectarem um cidadão a usar isqueiro em espaço público, o interpelavam para verificação da licença ou, caso esta não existisse, aplicar a respectiva sanção.

Esta estranha licença era justificada pelo Estado Novo com a protecção à indústria fosforeira nacional, então de importância (como agora se diz) estratégica. Assim, os utilizadores de isqueiro subsidiavam os apoios à indústria fosforeira. Ridículo, não é? Que dizer então da TAXA ou CONTRIBUIÇÃO AUDIOVISUAL?

A taxa de audiovisual não tem razão de ser. 
Deveria financiar a RTP e o serviço público de televisão. Em teoria. Mas a RTP é hoje uma televisão comercial, como as outras. E ignora-se que serviço público presta. Assim, a contribuição audiovisual serve para financiar erros crónicos de gestão da RTP. É uma contribuição injusta, todos pagam através da factura da electricidade.
Extinga-se a taxa!

Paulo de Morais
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