Afinal o que é o Clube Bilderberg

"Trata-se de um clube de poderosos que tem a pretensão de controlar e dirigir o mundo".

Afinal o que é o Clube Bilderberg

O Clube Bilderberg foi fundado em 1954 e, desde então, realiza reuniões como forma de promover o diálogo entre a Europa e os EUA. 

Ao todo, participam entre 120 a 150 líderes políticos e influentes empresários nas áreas da indústria, finanças e media; além de académicos, dos encontros anuais para discutir assuntos como política externa, tecnologia, Médio Oriente e África. 

É considerado, por especialistas, como o encontro mais secreto do mundo, tamanha é a segurança e os ritos que seguem a tradição do Clube.

A denominação do grupo deriva do Hotel de Bilderberg, situado na província de Gueldres, nos Países Baixos, local onde ocorreu a primeira reunião, em 1954. Muitos participantes são frequentadores regulares, sendo eventualmente referidos como membros de uma sociedade secreta.

O representante português é Francisco Pinto Balsemão.

Fonte da organização confirmou ao DN que os participantes portugueses da conferência de 2014, que se realiza em Copenhaga, são a deputada do PS, Inês de Medeiros, e o ministro da Saúde, Paulo Macedo. 

O proprietário do grupo Impresa e ex-primeiro-ministro Pinto Balsemão, volta a escolher dois participantes dos chamados partidos do arco da governação para levar a um dos mais exclusivos encontros do mundo: as conferências de Bilderberg. [fonte: DN]


Adenda: 5-6-2014

Bilderberg: Líderes da Europa e EUA, em reunião secreta, prevêem conflito armado

A reunião do Clube Bilderberg, organização que reúne as mais importantes autoridades da Europa e dos EUA nos campos político, económico e militar, foi encerrada no último domingo, na Dinamarca, sem qualquer declaração pública. 

A jornalista Cristina Martín Jiménez, que investiga há uma década esta organização para o diário espanhol El Confidencial, apontou, a existência de forte indícios de que, antes de abdicar, o rei Juan Carlos de Espanha discutiu o assunto com os integrantes da organização secreta.

Entre outros temas em agenda, no encontro anual cercado de mistério e segredos, está a previsão de que a Europa tende a mergulhar, no prazo máximo de um ano, num grande conflito armado.

Segundo Jiménez, o Bilderberg reuniu figuras militares influentes como o secretário-geral da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), Anders Rasmussen e o ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) David Petraeus; o ministro da Economia e secretário do Tesouro Britânico, George Osborne, aliado ao Partido Conservador, e John Olav Kerr, o barão Kerr of Kinlochard, membro da Casa dos Lordes no Parlamento britânico, directamente ligado às esferas de poder na Escócia e integrante do círculo mais fechado do Clube. 

Outras presenças ilustres no encontro foram a secretária do FMI, a francesa Christine Lagarde, e a ministra sueca dos Negócios Estrangeiros, Jessica Olausson, que não teve o nome revelado na lista dos participantes.

Trata-se de um clube de poderosos que tem a pretensão de controlar e dirigir o mundo. Entre outras catástrofes que causaram, são os responsáveis por submergir a Europa na pior crise desde a II Guerra Mundial. 

O efeito mais imediato da reunião do clube, que acabamos de conhecer, foi a abdicação do rei espanhol. Não resta mais a menor dúvida de que a renúncia de Juan Carlos foi uma decisão consensual de Bilderber”.

As conversações deste ano, ainda segundo Jiménez, giraram em torno da possibilidade de conflitos armados na Rússia, China e no Médio Oriente.

“O que foi extraído da reunião deste ano é que daqui a alguns meses, a um ano, deverá ocorrer uma grande reestruturação militar, económica e comercial originado uma transformação importante na História do mundo: com um conflito bélico de grandes dimensões”.

Crise militar

A jornalista Cristina Jiménez não foi a única a perceber que a reunião deste ano (2014) do Clube de Bilderberg tratou-se de um importante evento militar, previsto para os próximos meses, em escala global. (ver aqui)

O jornalista investigador Daniel Estulin, autor do livro «A Verdadeira História do Clube de Bilderberg», disse que na conferência realizada num hotel cinco estrelas de Copenhaga, as mais importantes figuras dos campos económico e militar dos EUA têm realizado um tremendo esforço para manter separadas a Rússia e a China, que reforçaram, recentemente, a aliança contra os norte-americanos.

– Há 50 anos, Richard Nixon e Henry Kissinger persuadiram a China a virar-se contra a União Soviética e aliar-se aos EUA. A pergunta que se faz agora é retórica, se a cooperação entre Rússia e China será renovada numa aliança contra a América – disse Estulin, lembrando o tratado de US$ 400 biliões entre russos e chineses na compra do gás da Gazprom.

A questão energética sobre a distribuição do gás produzido na Rússia para as nações europeias, passando pela crise na Ucrânia, foi outras das questões centrais no encontro do Clube de Bilderberg.

– A administração norte-americana tem forçado os países europeus a impor cada vez mais sanções à Rússia, enquanto países, como a França e a Alemanha entendem que, ao impor tais sanções, colocam em risco as próprias economias. O que franceses e alemães querem é saber dos EUA, exactamente, como os Estados europeus serão abastecidos com o gás que, actualmente, recebem da Rússia.

A Alemanha, em especial, começa a suspeitar que EUA e Rússia têm manipulados os factos, por "debaixo da mesa" e está a tratar sair de cena, com a desculpa de que a Ucrânia está fora de controle – afirmou o jornalista investigador Daniel Estulin

Os integrantes europeus do Clube entendem que a Ucrânia dependerá da Rússia para um possível – ainda que mau – acordo para sua subsistência; e os integrantes norte-americanos do Bilderberg têm tentado tudo para manter russos e ucranianos separados, prolongando a crise na região.

A preocupação dos europeus, no selecto encontro de Copenhaga, que lhes têm tirado o sono, é o crescimento do Irão e o acordo sino-russo.

– Hoje, Rússia e China têm acertado as suas diferenças e estão em vias de formar a maior potência regional na Ásia, o que o Clube entende como ameaça directa ao capitalismo ocidental.

Por Redacção, com correspondentes - de Copenhaga, Londres e Rio de Janeiro
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