O silêncio torna-nos mais inteligentes, criativos e seguros
O cérebro, afinal, tem capacidade de regeneração, - segundo pesquisa realizada na Alemanha.
imagem: Magdalena Berny | Edição: Portugal glorioso
Actualmente o nosso ouvido está hiperestimulado. O pior é que quase todos os estímulos auditivos que recebemos do exterior são alarmantes: carros, motorizadas, burburinhos, máquinas, obras, músicas estridentes, algazarras, apitos... enfim, nada que inspire tranquilidade.
Além de incidir no nosso estado emocional, a ciência comprovou que isso também afecta o cérebro. Segundo uma pesquisa realizada na Alemanha, pelo "Research Center for Regenerative Therapies" de Dresden: existem processos cerebrais que só podem ser realizados em silêncio.
Até há pouco tempo acreditava-se que os neurónios não se regeneravam. Contudo com o desenvolvimento da neurogénese comprovou-se que o cérebro, afinal, tem capacidade de regeneração. Ainda não se sabe, exactamente, o que promove essa regeneração neurológica, mas já existem pistas valiosas a esse respeito, e uma delas é o silêncio.
O resultado foi contundente. Após algum tempo submetidos a esta rotina, observou-se que em todos os ratos estudados houve um crescimento do número de células dentro do hipocampo - a região do cérebro que regula as emoções, a memória e a aprendizagem.
Constataram também que as novas células nervosas se incorporavam progressivamente ao sistema nervoso central, e que logo se especializavam em diferentes funções.
Conclusão: o silêncio provocou uma mudança muito positiva no cérebro dos animais.
imagem cortesia de Magdalena Berny.
Quando o corpo descansa desenvolvem-se outros processos que completam os que são realizados quando estamos activos. Basicamente, o que acontece é que se produz uma espécie de depuração: o cérebro avalia a informação e as experiências às quais foi exposto durante o dia, depois organiza e incorpora a informação relevante e descarta a que não é importante.
Este processo é completamente inconsciente, mas provoca efeitos no consciente. É por isso que às vezes encontramos respostas durante o sono, ou conseguimos ver as coisas de uma nova perspectiva depois de algumas horas de descanso.
O interessante de tudo isto é que um processo semelhante também acontece quando estamos em silêncio. A ausência de estímulos auditivos tem quase o mesmo efeito que o descanso. O silêncio, em geral, leva-nos a pensar em nós mesmos e isso depura as emoções e reafirma a identidade.
Os seres humanos são muito sensíveis ao ruído, tanto que por vezes acordamos sobressaltados por um objecto que caiu ou por um som estranho.
Uma pesquisa da Universidade de Cornell, concluiu que as crianças que vivem perto de aeroportos têm um elevado nível de stress. E não só, também têm a pressão arterial mais elevada e apresentam altos índices de cortisol, a hormona do stress.
Felizmente o contrário também acontece.
Isso ficou demonstrado numa pesquisa da Universidade de Pavia, na qual se concluiu que apenas dois minutos de silêncio absoluto são mais enriquecedores do que ouvir música relaxante. De facto, verificou-se que a pressão sanguínea diminuía, e que as pessoas se sentiam mais despertas e tranquilas após um pequeno banho de silêncio.
Edição e adaptação: Portugal glorioso
https://amenteemaravilhosa.com.br/silencio-indispensavel-regenerar-cerebro/
imagem: Magdalena Berny | Edição: Portugal glorioso
O silêncio é indispensável para regenerar o cérebro
Desde sempre que o silêncio tem sido fonte de muitos estudos e reflexões. Entretanto saturamos os locais onde vivemos com tantos ruídos que é cada vez mais difícil encontrá-lo. Isso faz com que muitas pessoas, na ausência de ruído, experimentem um abismo dentro si.Actualmente o nosso ouvido está hiperestimulado. O pior é que quase todos os estímulos auditivos que recebemos do exterior são alarmantes: carros, motorizadas, burburinhos, máquinas, obras, músicas estridentes, algazarras, apitos... enfim, nada que inspire tranquilidade.
Além de incidir no nosso estado emocional, a ciência comprovou que isso também afecta o cérebro. Segundo uma pesquisa realizada na Alemanha, pelo "Research Center for Regenerative Therapies" de Dresden: existem processos cerebrais que só podem ser realizados em silêncio.
Até há pouco tempo acreditava-se que os neurónios não se regeneravam. Contudo com o desenvolvimento da neurogénese comprovou-se que o cérebro, afinal, tem capacidade de regeneração. Ainda não se sabe, exactamente, o que promove essa regeneração neurológica, mas já existem pistas valiosas a esse respeito, e uma delas é o silêncio.
Experiências com o silêncio
Os cientistas alemães fizeram uma experiência com um grupo de ratos. A experiência consistia em deixá-los em completo silêncio durante duas horas por dia. Ao mesmo tempo observavam os seus cérebros para descobrir se havia alguma mudança.O resultado foi contundente. Após algum tempo submetidos a esta rotina, observou-se que em todos os ratos estudados houve um crescimento do número de células dentro do hipocampo - a região do cérebro que regula as emoções, a memória e a aprendizagem.
Constataram também que as novas células nervosas se incorporavam progressivamente ao sistema nervoso central, e que logo se especializavam em diferentes funções.
Conclusão: o silêncio provocou uma mudança muito positiva no cérebro dos animais.
imagem cortesia de Magdalena Berny.
O silêncio ajuda a estruturar a informação
O cérebro nunca descansa. Mesmo quando estamos em estado de calma, completamente quietos ou a dormir, este maravilhoso órgão continua a funcionar, mas de forma diferente.Quando o corpo descansa desenvolvem-se outros processos que completam os que são realizados quando estamos activos. Basicamente, o que acontece é que se produz uma espécie de depuração: o cérebro avalia a informação e as experiências às quais foi exposto durante o dia, depois organiza e incorpora a informação relevante e descarta a que não é importante.
Este processo é completamente inconsciente, mas provoca efeitos no consciente. É por isso que às vezes encontramos respostas durante o sono, ou conseguimos ver as coisas de uma nova perspectiva depois de algumas horas de descanso.
O interessante de tudo isto é que um processo semelhante também acontece quando estamos em silêncio. A ausência de estímulos auditivos tem quase o mesmo efeito que o descanso. O silêncio, em geral, leva-nos a pensar em nós mesmos e isso depura as emoções e reafirma a identidade.
Importantes efeitos sobre o stress
O silêncio não só nos torna mais inteligentes, criativos e seguros, mas também tem efeitos muito positivos sobre os estados de angústia.Os seres humanos são muito sensíveis ao ruído, tanto que por vezes acordamos sobressaltados por um objecto que caiu ou por um som estranho.
Uma pesquisa da Universidade de Cornell, concluiu que as crianças que vivem perto de aeroportos têm um elevado nível de stress. E não só, também têm a pressão arterial mais elevada e apresentam altos índices de cortisol, a hormona do stress.
Felizmente o contrário também acontece.
Isso ficou demonstrado numa pesquisa da Universidade de Pavia, na qual se concluiu que apenas dois minutos de silêncio absoluto são mais enriquecedores do que ouvir música relaxante. De facto, verificou-se que a pressão sanguínea diminuía, e que as pessoas se sentiam mais despertas e tranquilas após um pequeno banho de silêncio.
Inteligência, criatividade e confiança
Como se vê, o silêncio produz grandes benefícios, tanto intelectuais quanto emocionais. Podemos afirmar que experimentar o silêncio, ainda que por breves momentos ao dia, é um factor determinante para a saúde do cérebro e, com isso, um elemento decisivo para melhorar o nosso estado emocional, saúde e qualidade de vida.Edição e adaptação: Portugal glorioso
https://amenteemaravilhosa.com.br/silencio-indispensavel-regenerar-cerebro/