«Há o vírus. E depois há os fungos oportunistas» Joana Amaral

Ajustes directos a máscaras sem certificado

Os ajustes directos sempre foram prado e pasto de corrupção, tráfico de influências e abuso de poder.

«Há o vírus. E depois há os fungos oportunistas» Joana Amaral

Há o vírus. E depois há os fungos oportunistas. Em poucas semanas, verificaram-se dezenas de milhões de euros em ajustes directos, sem concurso público, supostamente devido à urgência no combate à pandemia.

Dos 208 contratos celebrados (material de protecção individual, hospitais de campanha, equipamento médico), 193, ou seja 93%, não respeitam as normas. Não observam sequer o decreto de lei específico para estes casos, não revelam o caderno de encargos.

Há, por exemplo, o ajuste directo no valor de 9 milhões (máscaras) a uma empresa farmacêutica propriedade de João Cordeiro, que foi candidato do PS à Câmara de Cascais.

Os ajustes directos sempre foram prado e pasto de corrupção, tráfico de influências e abuso de poder, onde os tais escroques viscosos sempre encontraram truques e manhas para escapar à lei - como falsas urgências ou 1 euro abaixo do limite legal.

Mas, como aliás já foi também sublinhado pelo Grupo de Estados contra a Corrupção, durante a pandemia, com tanta gente já a passar fome e sérias privações, isto é obsceno. Perverso. Temos todos que denunciar.
Joana Amaral Dias

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