A Bandeira Nacional através dos tempos
Evolução da Bandeira Nacional Portuguesa
O mais remoto uso das armas reais com o valor de símbolo Nacional parece ter sido feito pelo nosso Fundador, D. Afonso Henriques: um escudo de armas com uma cruz azul. Antes, já o seu Pai D. Henrique, tinha um escudo do Condado Portucalense que era constituído por uma simples cruz azul sobre fundo de prata.
De 1185 a 1248, que medeia o tempo entre os reinados de D. Sancho I "O Povoador" a D. Sancho II "O Capelo", o escudo era de prata. Nele se dispunham em forma de cruz, 5 escudetes azuis.
Com D. Afonso III " O Bolonhês", foi-lhe acrescentada uma bordadura vermelha, enfeitada com castelos de ouro.
Por sua vez, D. João I de "Boa Memória" aplicou-lhe a cruz de Avis, mais o campo branco das quinas.
D. João II o nosso "Príncipe Perfeito", eliminou em 1485 a cruz de Avis e mandou endireitar os escudetes das quinas.
D. Manuel I "O Venturoso", terá usado uma bandeira branca com o escudo nacional ao centro.
D. Sebastião "O Desejado", antes de partir em 1578 para o desastre de Alcácer-Quibir onde grande parte da nossa Nobreza e principalmente do Povo pereceu, mandou fechar a coroa real que se sobrepunha ao escudo.
Era um Alferes-Mor quem durante a Idade Média empunhava a Bandeira Real.
O mais famoso deles ficou na história como sendo Duarte de Almeida "O Decepado". Um Transmontano de rija cepa que em 1476 na Batalha de Toro se cobriu de glória, segurando a bandeira com a mão esquerda quando lhe deceparam a direita, e com os dentes quando lhe deceparam também a esquerda. Foi capturado pelos Castelhanos e por eles tratado com o respeito devido a um herói, regressando meses depois a Portugal.
Os materiais que constituíam o pano da bandeira real, foram vários, desde cetim, tafetá, ruão, damasco, diversas qualidades de seda e as suas dimensões variavam entre o quadrado e o rectangular.
A Bandeira da Restauração em 1640 que medeia os reinados de D. João IV "O Restaurador" até a El-Rei D.João VI, "O Clemente" era esta:
A bandeira branca foi mantida até1826, como símbolo representativo do Reino Unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves, apenas com algumas variações nas armas.
Em 1830 no reinado de D. Pedro IV e por decreto Real, a bandeira passou a ter duas zonas, branco e azul, separadas na vertical. Esta bandeira será a última da Monarquia (?). Vai desde o período de 1830 até 1910.
Após a proclamação da República e por uma comissão constituída por Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho, a quem foi encarregada a elaboração de um projecto com vista à nova bandeira, a mesma foi aprovada pelo Governo Provisório em 1911, que ficou inalterável até aos dias de hoje.
Por Herminius Lusitano, baseado nas Publicações Alfa, edição das SELECÇÕES Reader´s Digest,SA.
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