«10 anos depois, o BPN continua a sacar-nos dinheiro e ninguém foi detido»
"O julgamento levou 6 anos e são os contribuintes que pagam os 6 mil milhões € da sua delinquência no BPN" - Joana Amaral Dias
Faz 10 anos. Há precisamente 10 anos, declarava-se a falência do Banco Português de Negócios (BPN) que custará aos bolsos dos contribuintes 6 mil milhões de euros. E hoje, dia 3 de Novembro de 2018, ninguém está preso. A factura continua a aumentar. Todos os anos o Estado injecta pelo menos mais 500 milhões neste buraco negro.
Em 2019, a Parvalorem (gere os restos dos empréstimos do BPN) vai exigir 409 milhões de euros em despesa pública. A Parups (fundo com imóveis e obras de arte) 117 milhões. E a Parparticipadas (gere as participações noutras empresas fora do banco) tem previstos 21,5 milhões de gastos públicos em 2019.
Uma década inteirinha depois, o BPN continua a sacar-nos dinheiro à tripa forra e ninguém foi detido. Nem um. Oliveira Costa foi condenado a 14 anos, que afinal podem ser 22 (há uns dias descobriu-se que um juiz esqueceu-se de um dos crimes - abuso de confiança) mas anda solto.
Continua livre por aí, a desfilar impune pelo Estado de Direito que, em Portugal, dá as garantias a quem tem recursos suficientes para transformar esta Democracia numa ópera bufa e a Justiça numa anedota de taberna.
Só este caso era o bastante para descredibilizar as instituições. O problema é que há mais um rol deles, o que ameaça o próprio regime. Isto sim, é o Halloween.
— Joana Amaral Dias
«Tribunal 'esqueceu-se' de pena sobre crime de abuso de confiança»
A Justiça portuguesa é lodo.
Ora vejam lá: Oliveira Costa foi condenado a 14 anos de prisão em Maio do ano passado. Mas continua em liberdade. Soltinho ao vento. O julgamento levou 6 anos e são os contribuintes que pagam os 6 mil milhões da sua delinquência no BPN.
Como se não bastasse, soube-se agora que o tribunal de primeira instância se esqueceu de decidir sobre um dos crimes de que era acusado o ex-presidente do Banco Português de Negócios, o crime de abuso de confiança - a pena por este crime vai de um a oito anos de prisão. Este estranhíssimo e inédito esquecimento vai agora levar 3 a 5 anos a ser resolvido. Lodo, minha gente. Lodo até aos olhos.
— Joana Amaral Dias
Faz 10 anos. Há precisamente 10 anos, declarava-se a falência do Banco Português de Negócios (BPN) que custará aos bolsos dos contribuintes 6 mil milhões de euros. E hoje, dia 3 de Novembro de 2018, ninguém está preso. A factura continua a aumentar. Todos os anos o Estado injecta pelo menos mais 500 milhões neste buraco negro.
Em 2019, a Parvalorem (gere os restos dos empréstimos do BPN) vai exigir 409 milhões de euros em despesa pública. A Parups (fundo com imóveis e obras de arte) 117 milhões. E a Parparticipadas (gere as participações noutras empresas fora do banco) tem previstos 21,5 milhões de gastos públicos em 2019.
Uma década inteirinha depois, o BPN continua a sacar-nos dinheiro à tripa forra e ninguém foi detido. Nem um. Oliveira Costa foi condenado a 14 anos, que afinal podem ser 22 (há uns dias descobriu-se que um juiz esqueceu-se de um dos crimes - abuso de confiança) mas anda solto.
Continua livre por aí, a desfilar impune pelo Estado de Direito que, em Portugal, dá as garantias a quem tem recursos suficientes para transformar esta Democracia numa ópera bufa e a Justiça numa anedota de taberna.
Só este caso era o bastante para descredibilizar as instituições. O problema é que há mais um rol deles, o que ameaça o próprio regime. Isto sim, é o Halloween.
— Joana Amaral Dias
«Tribunal 'esqueceu-se' de pena sobre crime de abuso de confiança»
O Tribunal de primeira instância esqueceu-se de decidir sobre um dos crimes de que era acusado o ex-presidente do BPN, o crime de abuso de confiança. O megaprocesso-crime do BPN baixou, por isso, ao tribunal de primeira instância e está pendente até que o tribunal de primeira instância fixe uma pena pelo crime de abuso de confiança. (expresso.pt)
A Justiça portuguesa é lodo.
Ora vejam lá: Oliveira Costa foi condenado a 14 anos de prisão em Maio do ano passado. Mas continua em liberdade. Soltinho ao vento. O julgamento levou 6 anos e são os contribuintes que pagam os 6 mil milhões da sua delinquência no BPN.
Como se não bastasse, soube-se agora que o tribunal de primeira instância se esqueceu de decidir sobre um dos crimes de que era acusado o ex-presidente do Banco Português de Negócios, o crime de abuso de confiança - a pena por este crime vai de um a oito anos de prisão. Este estranhíssimo e inédito esquecimento vai agora levar 3 a 5 anos a ser resolvido. Lodo, minha gente. Lodo até aos olhos.
— Joana Amaral Dias
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