Paulo Morais: Uma praga que dura há 150 anos!

PROMISCUIDADE: Esta é uma PRAGA que dura há cento e cinquenta anos!


BANCO CRÉDITO PREDIAL (início do séc XX):
O governo e outros altos cargos da Companhia se tornaram um exclusivo dos partidos Regenerador e Progressista. E, como mais nenhum outro, quem mais ordenava na Companhia era José Luciano de Castro, chefe do Partido Progressista – de tal modo assim sucedia que, mesmo quando assumiu cargos de ministro e de Presidente do Conselho, manteve a sua influência sobre a Companhia e legou responsabilidades ao líder do Partido Regenerador, Hintze Ribeiro.

Enquanto os cargos mais relevantes do governo da Companhia eram irmãmente partilhados pelos fiéis dos dois partidos e dos dois líderes políticos, alguns acionistas inquietavam-se e acusavam o Governador José Luciano de Castro (bem como Hintze, seu interino) de "arrastar a Companhia para as manobras políticas da sua convivência". E a elite partidária não queria abrir mão de "um dos mais apetecíveis e rendosos lugares exteriores à política".

Ora Progressistas, ora Regeneradores, o rotativismo na administração era não apenas um fiel retrato da política no país, mas também consequência directa da dança das cadeiras nos governos da nação. (Oliveira, J.D.)
(na foto, Mota Pinto, Paulo Macedo e Marques Mendes, dirigentes do PSD nomeados pelo Governo cessante do PS para a Caixa Geral de Depósitos, no início do Século XXI):
Quando acabará esta promiscuidade? Vamos aguardar mais cem anos?
Paulo de Morais

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