As máscaras do poder - Miguel Szymanski
Há três semanas escrevi sobre a importância de usar máscaras. Caíram-me em cima em peso.
Caíram-me em cima em peso: que estava a 'semear pânico', que 'a OMS não aconselha', que era 'só para profissionais da Saúde', que quem o dizia era 'a DGS!', que 'temos de confiar nas autoridades', etc. Mas não é isso que interessa.
Não é por uma questão de eu ter ou não ter tido razão. As contradições das autoridades e dos 'especialistas' foram às dezenas e já não são relevantes.
O que interessa é isto:
O mais importante, na questão das máscaras, nos números disto e daquilo, nos discursos oficiais, nas medidas de emergência, em política de saúde, em política financeira, em política em geral, é pensarmos pela nossa cabeça; é perguntarmos e não nos darmos por satisfeitos com a primeira resposta, é procurarmos e cruzarmos informação, avaliarmos as fontes, os interesses por trás, é perguntarmos 'mas porquê assim é não assado?', uma e outra vez.
É importante duvidarmos. Na dúvida, devemos deixar prevalecer o bom senso. É importante pararmos, desviarmo-nos para o lado, é importante não corrermos simplesmente com a multidão que corre sempre atrás de alguém. Sobretudo temos de desconfiar, desconfiar sempre: dos pequenos e dos grandes poderes.
Miguel Szymanski
As máscaras do poder
Tinha ideia de ter escrito sobre isto. Recuei na minha 'timeline', foi há três semanas: escrevi sobre a importância de usar máscaras em espaços fechados.Miguel Szymanski - 14 de Março:Mas a verdadeira questão não é essa.
Saí cedo para fazer algumas compras. Vi e cruzei-me com centenas de pessoas. Não vi ninguém que usasse uma máscara. A OMS/Organização Mundial de Saúde não considera necessário o uso de máscara por pessoas saudáveis.
Mas a OMS faz recomendações a pensar na esmagadora maioria dos países que não tem meios nem para testes nem para máscaras (ca. de 80% dos países têm um HDI Human Development Index inferior a 0,800). Muitos médicos de Saúde Pública consideram as máscaras uma protecção indispensável em espaços fechados frequentados por outras pessoas. E nos países que mais eficazmente têm contido o vírus, o uso em público é generalizado.
Caíram-me em cima em peso: que estava a 'semear pânico', que 'a OMS não aconselha', que era 'só para profissionais da Saúde', que quem o dizia era 'a DGS!', que 'temos de confiar nas autoridades', etc. Mas não é isso que interessa.
Não é por uma questão de eu ter ou não ter tido razão. As contradições das autoridades e dos 'especialistas' foram às dezenas e já não são relevantes.
O que interessa é isto:
O mais importante, na questão das máscaras, nos números disto e daquilo, nos discursos oficiais, nas medidas de emergência, em política de saúde, em política financeira, em política em geral, é pensarmos pela nossa cabeça; é perguntarmos e não nos darmos por satisfeitos com a primeira resposta, é procurarmos e cruzarmos informação, avaliarmos as fontes, os interesses por trás, é perguntarmos 'mas porquê assim é não assado?', uma e outra vez.
É importante duvidarmos. Na dúvida, devemos deixar prevalecer o bom senso. É importante pararmos, desviarmo-nos para o lado, é importante não corrermos simplesmente com a multidão que corre sempre atrás de alguém. Sobretudo temos de desconfiar, desconfiar sempre: dos pequenos e dos grandes poderes.
Miguel Szymanski
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