«A Administração da RTP não tem emenda» Paulo Morais

É esta a noção de serviço público desta Administração da RTP: propaganda ao poder em tempo de crise.


Mas por que razão os donativos para a construção dum hospital de campanha no Curry Cabral são agravados com IVA (imposto valor acrescentado)?


A Administração da RTP não tem emenda. Em plena pandemia Corona Vírus, decide promover uma campanha de donativos para construção dum hospital de campanha no Hospital Curry Cabral. Esta atitude é inqualificável.

Em primeiro lugar, porque sendo a crise generalizada, apoia apenas um hospital em Lisboa, esquecendo todos os restantes de Viana do Castelo ou Bragança a Faro.

Em seguida, porque a televisão pública promove uma angariação de fundos a favor duma entidade privada (a Cruz de Malta), para esta fazer um donativo a um hospital público; pergunta-se, qual o contributo dos privados aqui, para além de receberem os donativos "da RTP"?

Por último, a Administração da RTP decidiu privilegiar o único hospital que se prontificou a servir de palco para uma visita de propaganda de António Costa, no decorrer da qual o seu Director disse mesmo "que não falta nada no seus serviço de saúde".

Esta campanha da RTP serve assim como moeda de troca para pagar os "bons serviços" prestados ao Primeiro- Ministro. É esta a noção de serviço público desta Administração da RTP: propaganda ao poder em tempo de crise.

Os gestores da RTP não servem para dirigir uma televisão pública e muito menos para interpretar o serviço público de televisão em tempo de pandemia.

Paulo de Morais

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