«Está aí um novo e colossal resgate bancário» Joana Amaral

Andámos mais de 10 anos a salvar bancos. Eis agora a oportunidade perfeita para a banca retribuir. Só que não.

Outra guerra

Portugal Glorioso
Joana Amaral Dias: Os abutres da crise.

Está aí um novo resgate bancário bem debaixo dos nossos narizes.

Andámos mais de 10 anos a salvar bancos. Dos nossos bolsos, da carteira dos contribuintes, saíram 20 ou 30 mil milhões. Penámos. Empobrecemos. Sacrificamo-nos. Pois bem. Eis agora a oportunidade perfeita para a banca retribuir. Só que não.

Numa crise como não há memória nem história e que atinge todos, do Estado aos privados, quem é que está a ser protegido? A banca, claro. E pela mão de António Costa.

As linhas de crédito (supostamente para salvar empresas mas que só vão endividá-las ainda mais) são patrocinadas por todos nós, pelos cofres públicos, e não têm qualquer risco para os bancos. Ou seja, ainda vão ser um rendimento para essas instituições. Bom negócio, não é?

Enfim, como é que é possível que a banca esteja a ser paga para emprestar dinheiro, tenha taxas de financiamento ridículas, mas depois cobre juros e comissões de agiota, com o beneplácito dos governantes?! E a nós? Quem nos defende?

A política e a economia continuam reféns da actividade bancária e as supostas soluções e medidas que foram aplicadas durante a anterior década para estancar a usura de nada serviram. Desiludam-se. O que se está a passar é um novo e colossal resgate bancário bem debaixo dos nossos narizes. Isso sim, é a guerra. E já perdemos a primeira batalha.

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