«Como é que é possível Costa manter Eduardo Cabrita?» Joana Amaral

Odemira. Fiel e triste retrato do Portugalinho.

«Como é que é possível Costa manter Eduardo Cabrita?» Joana Amaral

Odemira mostra que Portugal é um Estado falhado. Em três dimensões distintas, revela-se como o país entrou num vórtex de insanidade.

Primeiro - não morre ninguém com coronavírus em Odemira há mais de dois meses, as estruturas de saúde locais estão vazias e fala-se de situação descontrolada?! Começou-se a testar em barda pessoas saudáveis que, até à data, eram vistas a ir e vir do trabalho sem problema. Ou seja, abriu-se a caça ao positivo e assintomático.

A comunicação social logo ateou o pânico, falando de “vila enterrada”, “pesadelo”, etc, quando se detectaram 80 casos (muitos falsos positivos) num concelho 17 vezes maior que Lisboa e com menos 23 mil habitantes. Perante isto, como justificar a histeria?!!

Foi esta gestão demente da covid que atirou o nosso país ao charco. Depois, a desumanidade e incivilidade com que têm sido tratados muitos trabalhadores das estufas é repugnante. Humanos empilhados em contentores, em bairros de metal, com uma vida campo/cama, cama/campo, pagam para dormir, recebem três euros à hora para servir de sol a sol, debaixo de quilómetros de plastificados, por vezes a temperaturas altíssimas.

Com este esclavagismo em que se exploram seres humanos para explorar e sugar a terra, a Barragem de Santa Clara está esvaziada e os terrenos agrícolas intensivos de monoculturas engolem o que resta da biodiversidade do Parque Natural.

Como se não bastasse, a solução que o governo engendrou (o mesmo que não fez requisição civil de hospitais privados quando era necessário) destrói pela calada e à força o que sobrava de emprego turístico na zona, revelando também mais uma negociata BES e uma embrulhada lusa , very typical. Odemira. Fiel e triste retrato do Portugalinho.
Joana Amaral Dias

"Eduardo Cabrita deve ir para a rua! Não há condições políticas para se manter como ministro"
JAD na TVI24 (06-05-21) / Edição: Pg.



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