O vírus do mau socialismo - Henrique Neto

Henrique Neto, antigo deputado eleito pelo Partido Socialista: Sinto hoje com grande tristeza que estou a ser governado por gente que não tem os mesmos valores...

O vírus do mau socialismo - Henrique Neto

O vírus do mau socialismo

Fui educado no principio dos valores do trabalho, da disciplina e da nossa responsabilidade para com a família e para com a sociedade. Sinto hoje com grande tristeza que estou a ser governado por gente que não tem os mesmos valores, os quais verdadeiramente hostiliza. 

De facto, o País está hoje a ser governando sem quaisquer referências que não sejam a detenção do poder na defesa dos interesses daqueles a que tenho chamado a grande família socialista. 

As últimas semanas mostraram bem a qualidade das pessoas que o Partido Socialista escolhe, as empresas que organiza para aproveitar a sua influência no Estado, o impudor com que escondem os seus interesses e fogem a pagar os impostos devidos, a sofreguidão com que recebem indeminizações e os acordos entre maridos e mulheres para projectos pagos com financiamentos europeus que ninguém controla. 

Esta é a história da governação em Portugal ao longo dos últimos vinte e cinco anos. Para trás ficaram as histórias macabras do BPN, da PT, do BES, do Millennium, da Caxa Geral de Depósitos, do Banif, da TAP, centenas de milhares de milhões de euros do trabalho dos portugueses levados na voragem do poder, da ignorância, das amizades e dos interesses estabelecidos. 

A mesma ignorância e os mesmos interesses que reduzirão a pouco os 160 mil milhões de euros de fundos da União Europeia do actual Plano de Recuperação e Resiliência. 

São anos feitos de falsas promessas e de enganos promovidos pelos especialistas contractados para dominar o espaço público nos jornais e nas televisões. Não por acaso, são há muitos anos os mesmos programas, os mesmos comentadores, as mesmas falsas divergências, as mesmas trocas de favores. Coça-me as minhas costas que eu coço as tuas

A chamada defesa do Serviço Nacional de Saúde só tem feito crescer, em número e dimensão, os hospitais e os centros de saúde privados, o amor pela escola pública tem levado milhares de pais, os que podem pagar, a escolher os colégios privados e a própria Justiça só é justa para os que podem pagar aos melhores advogados e à frente de todos estão os acusados de corrupção destes vinte e cinco anos de poder socialista.

A inteligência, o mérito e o trabalho deixaram de contar no ideário da governação socialista. O resultado é a incompetência generalizada, o desleixo, os serviços públicos cada vez mais incapazes de servir, ou mesmo de defender, a vida dos cidadãos

Um simples exemplo do que se passa num dos últimos redutos do nosso serviço público, que é aquele em que se coloca a própria vida em jogo, as Forças Armadas. 

O Governo prometeu há tempo enviar para a Ucrânia os helicópteros Kamov comprados à Rússia e mais recentemente prometeu publicamente enviar quatro tanques Leopardo 2, dos 37 comprados à Alemanha, mas depois o ministério negou o envio e por boas razões: dos 37 tanques encontraram apenas dois em condições de funcionarem. 

Quanto aos Kamov, reza a história que foram comprados em negócios de luvas, apesar de se saber que eram o material errado, com normas inexistentes entre nós, sem condições de manutenção e de obtenção de peças, uma verdadeira história digna das máfias italianas

Agora são sucata que ninguém vai ter a coragem, espero, de mandar para os ucranianos. Não estou certo, de facto a vergonha deixou também de ser um factor na politica portuguesa. Vergonha suprema, leio algures que a Ucrânia terá informado que não os quer. 

Estes são exemplos da governação socialista, cujos efeitos já chegam a todos os sectores da sociedade e da economia portuguesas, incluindo as Forças Armadas. Restam alguns generais que recentemente invadiram o espaço televisivo, mas tomo nota de que, por acidente de uma nova chefia, a Marinha vive dias de renascimento. Como sempre, é o resultado da inteligência, do trabalho e do mérito que o vírus deste mau socialismo ainda não expulsou completamente de Portugal. 

Henrique Neto, antigo deputado eleito pelo Partido Socialista.

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