Paulo Morais revela destino dos 3 mil milhões do BES
Uma das principais causas da derrocada do BES Portugal resulta de um enorme desvio de capitais para Angola, da ordem dos três mil milhões de euros. E qual foi o destino desse dinheiro? Evaporou-se?
O antigo presidente do BES Angola [Álvaro Sobrinho] disse que não sabia onde estava o dinheiro, o que é no mínimo estranho porque nos Bancos há papeis, há registos. Mas então, para onde é que foi esse dinheiro? Foi, essencialmente, para a cúpula do MPLA.
Membros do comité central do MPLA receberam em empréstimos sem garantia, aproximadamente, da ordem dos 10 milhões de dólares cada um. Tudo empréstimos sem garantia. Aliás, de tal ordem sem garantia, que há um General a quem pedem o dinheiro de volta e ele tem o descaramento de dizer: "ah! eu pensei que isto era oferecido". E de facto é oferecido porque não há garantias.
Foi tudo aos milhões. Foi um fartar, vilanagem!
Mas há algo ainda mais dramático: parte das compras que as elites angolanas fizeram em Portugal foram feitas, não com dinheiro que vinha de Angola, mas com dinheiro dos depositantes do BES. Isto é completamente imoral para quem foi depositante do BES: saber que aqui bem perto, há uma propriedade dos filhos de Eduardo dos Santos que foi comprada com dinheiro dos depositantes do BES.
Paulo Morais na CMTV.
Actualização: 30-01-2020
Uma história agora bem actual. Para saborear.BES (ANGOLA): Estávamos em 2015. A Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES solicitou a Paulo Morais a lista dos nomes dos beneficiários com créditos do BESA. O então vice-presidente da Transparência e Integridade fez chegar aos deputados vários exemplares do Folha 8. Os parlamentares portugueses foram aos arames."
Actualização: 03-04-2022
Angola faliu o BES
"Ricardo Salgado (ex-presidente do BES) e Álvaro Sobrinho (ex-presidente do BES-Angola) emprestaram milhões, sem quaisquer garantias, aos mais altos dirigentes do MPLA, em Luanda. Como estes não pagavam, Eduardo dos Santos decidiu usar o dinheiro do povo para garantir os empréstimos pessoais dos seus mais próximos." (Paulo Morais) Domingo, no CM.
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