«Passos Coelho, o privatizador» Paulo Morais
Passos Coelho está de saída da presidência do PSD e do Parlamento. Irá passar à história.
Passos Coelho irá passar à história como o privatizador.
Como Primeiro-Ministro, foi forte com os fracos, impôs austeridade, baixa de salários, aumentos brutais de impostos. E pareceu tirar nisso algum gozo. Mas foi fraco com os fortes. Permitiu todo o tipo de negócios aos grandes grupos económicos.
Privatizou tudo: BPN, EDP e REN, Fidelidade, ANA, CTT, EGF, e também a TAP. Alienou ao desbarato o património público, numa sequência de processos manchados pela promiscuidade entre decisores públicos que venderam e os adquirentes privados.
A primeira venda em saldo foi a do BPN aos angolanos. Veio a seguir a EDP, entregue de mão beijada aos chineses. O conflito de interesses entre privados e públicos nem sequer foi disfarçado. Com a REN, passou-se o mesmo. Resultado: o estado chinês é agora um dos maiores patrões no nosso país e detém, em monopólio, um recurso estratégico vital, a rede eléctrica.
E a saga continuou.
Na alienação da Empresa Geral de Fomento, líder na gestão de resíduos urbanos, o governo foi assessorado pela sociedade de advogados Morais Leitão. E o concurso foi ganho pela Mota-Engil, cujos advogados eram os mesmos. Estranha foi ainda a privatização dos CTT. Lucros garantidos para o novo dono, a Goldman Sachs do social-democrata Luís Arnaut.
Passos Coelho chegou ao ponto de entregar a ANA (Aeroportos e Navegação Aérea) ao grupo Vinci, que poderá exercer o direito de construir o novo aeroporto em Alcochete, onde apenas se pode aceder pela ponte Vasco da Gama, cujo proprietário é... a mesma Vinci.
Passos Coelho foi para mim uma das maiores decepções em toda a minha vida pública. Mas certamente não decepcionou os empresários que foram beneficiados pelos "saldos" de empresas públicas; que certamente irão agora agradecer a Passos Coelho com um lugar na Administração de uma qualquer empresa.
Paulo de Morais
Passos Coelho irá passar à história como o privatizador.
Como Primeiro-Ministro, foi forte com os fracos, impôs austeridade, baixa de salários, aumentos brutais de impostos. E pareceu tirar nisso algum gozo. Mas foi fraco com os fortes. Permitiu todo o tipo de negócios aos grandes grupos económicos.
Privatizou tudo: BPN, EDP e REN, Fidelidade, ANA, CTT, EGF, e também a TAP. Alienou ao desbarato o património público, numa sequência de processos manchados pela promiscuidade entre decisores públicos que venderam e os adquirentes privados.
A primeira venda em saldo foi a do BPN aos angolanos. Veio a seguir a EDP, entregue de mão beijada aos chineses. O conflito de interesses entre privados e públicos nem sequer foi disfarçado. Com a REN, passou-se o mesmo. Resultado: o estado chinês é agora um dos maiores patrões no nosso país e detém, em monopólio, um recurso estratégico vital, a rede eléctrica.
E a saga continuou.
Na alienação da Empresa Geral de Fomento, líder na gestão de resíduos urbanos, o governo foi assessorado pela sociedade de advogados Morais Leitão. E o concurso foi ganho pela Mota-Engil, cujos advogados eram os mesmos. Estranha foi ainda a privatização dos CTT. Lucros garantidos para o novo dono, a Goldman Sachs do social-democrata Luís Arnaut.
Passos Coelho chegou ao ponto de entregar a ANA (Aeroportos e Navegação Aérea) ao grupo Vinci, que poderá exercer o direito de construir o novo aeroporto em Alcochete, onde apenas se pode aceder pela ponte Vasco da Gama, cujo proprietário é... a mesma Vinci.
Passos Coelho foi para mim uma das maiores decepções em toda a minha vida pública. Mas certamente não decepcionou os empresários que foram beneficiados pelos "saldos" de empresas públicas; que certamente irão agora agradecer a Passos Coelho com um lugar na Administração de uma qualquer empresa.
Paulo de Morais
Deixe o seu comentário