Miguel Szymanski: "Entrevistas" e "convívios" com o PR

 

Miguel Szymanski: Entrevistas e convívios com o PR  
"Entrevistas" e "convívios" com o PR 

Desde que é presidente da República fui a quatro jantares com Marcelo Rebelo de Sousa e foi sempre igual: 

à entrada cumprimenta calorosamente e diz uma ou duas frases simpáticas a cada um dos comensais que conhece, tipo "Ah, leio sempre as suas crónicas" ou "O Miguel é de extrema-esquerda" (com apego à verdade respondi "Olhe que não, olhe que não; não sou é do seu clube"), depois senta-se e começa a falar para não se calar mais. 

Passam-se horas; conta coisas interessantes e outras que desconhecia (as categorias tendem a excluir-se mutuamente). 

Da penúltima vez, na Cidadela de Cascais, levantei-me, tão discretamente quanto possível da mesa de jantar meia hora depois do café, recuei três passos até à parede nas costas do PR, desapareci atrás de um cortinado, abri um janelão que dava para o jardim e fugi. 

Soube no dia seguinte que o monólogo ainda continuou por mais duas horas e meia.
Miguel Szymanski, fb

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