O branqueamento de Durão Barroso
Joana Amaral Dias: «São os desfiles pelas televisões - com direito a entrevista no canal público (...) e, agora, a Universidade Católica deu-lhe o título de Doutor Honoris Causa».
O branqueamento e a hagiografia que estão a ser lavrados de Durão Barroso são repulsivos.
São os desfiles pelas televisões - com direito a entrevista no canal público -, é o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa e, agora, a Universidade Católica deu-lhe o título de "Doutor Honoris Causa".
Difícil encontrar sinais mais fortes da decadência das nossas sociedades.
Quando era Primeiro Ministro, coligado com Paulo Portas foi mordomo da Guerra no Iraque, selada na Cimeira das Lages nos Açores. Aquele que era então conhecido como Cherne, jurou solenemente perante os deputados e a Assembleia da República ter visto e confirmado a existência armas de destruição em massa.
Portas também prometeu pela avó ter visto provas insofismáveis. Só que nenhum viu porra alguma porque elas nunca existiram. Foi uma mentira colossal destinada a milhões de cidadãos do mundo inteiro. A mortandade prosseguiu nove anos. Custou bilhões de dólares e milhares de vidas. Seguiu-se uma guerra civil no Iraque.
Ou seja, Durão Barroso lá se prestou a chefe de cerimónias para Blair e Bush, ganhando catapulta para a presidência da Comissão Europeia - na qual adveio um dos maiores lobistas do mundo - para logo presidir à Goldman Sachs.
Pagaram bem as reuniões "informais" que teve, na comissão europeia, com diversos lobbies - dos farmacêuticos aos financeiros. Depois, da cúpula multinacional à Aliança Global das vacinas foi um estalar de dedos do diabo, perante o maior negócio global da história da humanidade.
Deem-lhe louros e loas. Beijem o chão que pisa e lambam-lhe os pés. O cherne caminha em cima de cadáveres e ossadas mas qual quê.
Busca, bobby. Busca.
Busca, bobby. Busca.
Joana Amaral Dias
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