História do Azulejo Português
A palavra azulejo vem do árabe azzelij, que significa pequena pedra polida usada para desenhar mosaico bizantino do Próximo Oriente.
É comum, no entanto, relacionar-se o termo com a palavra azul (termo persa لاژور lazkward, lápis-lázuli) dado grande parte da produção portuguesa de azulejo, caracterizar-se pelo emprego maioritário desta cor. Mas a origem da palavra é árabe.
Este termo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada (originalmente fabricada nas medidas 15×15 ou menores formatos), em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e brilhante.
Devido a essa impermeabilidade era, geralmente, usado em áreas molhadas também pelo seu baixo custo e pela resistência. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo.
O azulejo é normalmente, utilizado em grande número como elemento associado à arquitectura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado.
Os temas oscilam entre os relatos de episódios históricos, cenas mitológicas, iconografia religiosa e uma vasta gama de elementos decorativos espalhados em muitos temas (geométricos, vegetarianos etc) aplicados à parede, pavimentos e tectos de palácios, jardins, edifícios religiosos (igrejas, conventos), de habitação e públicos.
Nas igrejas, o azulejo reveste todas as superfícies, mesmo tectos e abóbadas, e observa-se um complemento estético entre a talha dourada do período barroco português e as molduras ondulantes do azulejo.
Painel de azulejos de Jorge Colaço (1864 - 1942) na Estação de São Bento, Porto:
Infante D. Henrique na conquista de Ceuta.
Estação de São Bento
Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco.
Este material convencional era usado, além do seu baixo custo, pelas suas fortes possibilidades de qualificar esteticamente um edifício de modo prático. Mas nele se reflecte, além da luz, o repertório do imaginário português, a sua preferência pela descrição realista, a sua atracção pelo intercâmbio cultural.
De forte sentido cenográfico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje como uma das produções mais originais da cultura portuguesa, onde se dá a conhecer como num extenso livro ilustrado de grande riqueza cromática, não só a história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época.
Lisboa, fachada de edifício revestido a azulejos.
Em Lisboa o Azulejo ultrapassou largamente a mera função utilitária ou o seu destino de Arte Ornamental, e atingiu o estatuto transcendente de Arte enquanto intervenção poética na criação das arquitecturas e das cidades.
A utilização do azulejo e sua fabricação são as expressões mais fortes da Cultura em Portugal e uma das contribuições mais originais do génio dos portugueses para a Cultura Universal.
(fonte: mondomoda - adaptação Portugal Glorioso)
Lisboa
Nos finais do século XVIII, o azulejo deixa de ser exclusivo da nobreza e do clero, a burguesia abastada faz as primeiras encomendas para as suas quintas e palácios, os painéis contam por vezes a história da família e até da sua ascensão social, como se vê no conjunto intitulado “História do Chapeleiro António Joaquim Carneiro”, exposto no museu Nacional do Azulejo”.
A partir do século XIX, o azulejo ganha mais visibilidade, sai dos palácios e das igrejas para as fachadas dos edifícios, numa estreita relação com a arquitectura.
A paisagem urbana ilumina-se com a luz reflectida nas superfícies vidradas. A produção azulejar é intensa, são criadas novas fábricas em Lisboa, Porto e Aveiro. Mais tarde, já em pleno século XX, o azulejo entra nas estações de caminho de ferro e metro, alguns conjuntos são assinados por artistas consagrados.
A tradição fez-se ainda mais popular, apresentando-se como solução decorativa para cozinhas e casas-de-banho, numa prova de resistência, inovação e renovação desta pequena peça de cerâmica.
É comum, no entanto, relacionar-se o termo com a palavra azul (termo persa لاژور lazkward, lápis-lázuli) dado grande parte da produção portuguesa de azulejo, caracterizar-se pelo emprego maioritário desta cor. Mas a origem da palavra é árabe.
Este termo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada (originalmente fabricada nas medidas 15×15 ou menores formatos), em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e brilhante.
Devido a essa impermeabilidade era, geralmente, usado em áreas molhadas também pelo seu baixo custo e pela resistência. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo.
O azulejo é normalmente, utilizado em grande número como elemento associado à arquitectura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado.
Os temas oscilam entre os relatos de episódios históricos, cenas mitológicas, iconografia religiosa e uma vasta gama de elementos decorativos espalhados em muitos temas (geométricos, vegetarianos etc) aplicados à parede, pavimentos e tectos de palácios, jardins, edifícios religiosos (igrejas, conventos), de habitação e públicos.
Nas igrejas, o azulejo reveste todas as superfícies, mesmo tectos e abóbadas, e observa-se um complemento estético entre a talha dourada do período barroco português e as molduras ondulantes do azulejo.
Painel de azulejos de Jorge Colaço (1864 - 1942) na Estação de São Bento, Porto:
Infante D. Henrique na conquista de Ceuta.
Estação de São Bento
Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco.
Este material convencional era usado, além do seu baixo custo, pelas suas fortes possibilidades de qualificar esteticamente um edifício de modo prático. Mas nele se reflecte, além da luz, o repertório do imaginário português, a sua preferência pela descrição realista, a sua atracção pelo intercâmbio cultural.
De forte sentido cenográfico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje como uma das produções mais originais da cultura portuguesa, onde se dá a conhecer como num extenso livro ilustrado de grande riqueza cromática, não só a história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época.
Lisboa, fachada de edifício revestido a azulejos.
Em Lisboa o Azulejo ultrapassou largamente a mera função utilitária ou o seu destino de Arte Ornamental, e atingiu o estatuto transcendente de Arte enquanto intervenção poética na criação das arquitecturas e das cidades.
A utilização do azulejo e sua fabricação são as expressões mais fortes da Cultura em Portugal e uma das contribuições mais originais do génio dos portugueses para a Cultura Universal.
(fonte: mondomoda - adaptação Portugal Glorioso)
Lisboa
Uma breve história da azulejaria portuguesa
Depois do terramoto de 1755, a reconstrução de Lisboa vai impor outro ritmo na produção de azulejos de padrão, hoje designados pombalinos, usados para decoração dos novos edifícios. Os azulejos são fabricados em série, combinando técnicas industriais e artesanais.Nos finais do século XVIII, o azulejo deixa de ser exclusivo da nobreza e do clero, a burguesia abastada faz as primeiras encomendas para as suas quintas e palácios, os painéis contam por vezes a história da família e até da sua ascensão social, como se vê no conjunto intitulado “História do Chapeleiro António Joaquim Carneiro”, exposto no museu Nacional do Azulejo”.
A partir do século XIX, o azulejo ganha mais visibilidade, sai dos palácios e das igrejas para as fachadas dos edifícios, numa estreita relação com a arquitectura.
A paisagem urbana ilumina-se com a luz reflectida nas superfícies vidradas. A produção azulejar é intensa, são criadas novas fábricas em Lisboa, Porto e Aveiro. Mais tarde, já em pleno século XX, o azulejo entra nas estações de caminho de ferro e metro, alguns conjuntos são assinados por artistas consagrados.
A tradição fez-se ainda mais popular, apresentando-se como solução decorativa para cozinhas e casas-de-banho, numa prova de resistência, inovação e renovação desta pequena peça de cerâmica.
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