Temos a maior fuga para offshores e o maior aumento de milionários - Joana Amaral
Enquanto isso, os ricos fogem aos impostos e, pior ainda, impõem o dividir para reinar, colocam roto contra nu, pobre contra remediado.
— Joana Amaral Dias
Portugal é o terceiro país da UE que mais desvia dinheiro para offshores. E o número de milionários lusos aumentará 49% até 2024, um crescimento só superado por três nações (e que nem significa mais riqueza - há apenas uma enorme subida do valor do imobiliário).
Se já sabíamos que são salários e pensões que cobrem 90% da receita de IRS, não sobram dúvidas: são os trabalhadores, os pequenos empresários, os reformados, que redistribuem entre si a pouca riqueza que auferem. São os assalariados e os pensionistas que pagam Portugal.
A poderosa máquina debulhadora fiscal é mole e distraída com uns, pai tirano e exterminador implacável com outros. Paraísos fiscais para os privilegiados, infernos tributários para quem trabalha.
Pois é. Enquanto isso, os ricos queixam-se da carga fiscal, fogem aos impostos e, pior ainda, impõem o dividir para reinar, colocam roto contra nu, pobre contra remediado. Se entre 2001 e 2016 foram desviados 50 mil milhões pelos mais abonados, a base da pirâmide alimentar, o mexilhão, continua a repetir que o problema é o RSI, os emigrantes, ciganos, desempregados, funcionários públicos.
Temos a maior fuga para offshores e o maior aumento de milionários. Mas também é entre os portugueses que há maior prevalência do Síndrome de Estocolmo.
— Joana Amaral Dias
Estocolmo português
São os assalariados e os pensionistas que pagam Portugal.— Joana Amaral Dias
Portugal é o terceiro país da UE que mais desvia dinheiro para offshores. E o número de milionários lusos aumentará 49% até 2024, um crescimento só superado por três nações (e que nem significa mais riqueza - há apenas uma enorme subida do valor do imobiliário).
Se já sabíamos que são salários e pensões que cobrem 90% da receita de IRS, não sobram dúvidas: são os trabalhadores, os pequenos empresários, os reformados, que redistribuem entre si a pouca riqueza que auferem. São os assalariados e os pensionistas que pagam Portugal.
A poderosa máquina debulhadora fiscal é mole e distraída com uns, pai tirano e exterminador implacável com outros. Paraísos fiscais para os privilegiados, infernos tributários para quem trabalha.
Pois é. Enquanto isso, os ricos queixam-se da carga fiscal, fogem aos impostos e, pior ainda, impõem o dividir para reinar, colocam roto contra nu, pobre contra remediado. Se entre 2001 e 2016 foram desviados 50 mil milhões pelos mais abonados, a base da pirâmide alimentar, o mexilhão, continua a repetir que o problema é o RSI, os emigrantes, ciganos, desempregados, funcionários públicos.
Temos a maior fuga para offshores e o maior aumento de milionários. Mas também é entre os portugueses que há maior prevalência do Síndrome de Estocolmo.
— Joana Amaral Dias
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