Transparência tratada à porta fechada: Não faltava mais nada - Joana Amaral

Transparência tratada à porta fechada no Parlamento

Transparência tratada à porta fechada: Não faltava mais nada - Joana Amaral

No Parlamento, a Comissão da Transparência quer reuniões à porta fechada. Isto seria cómico se não fosse trágico.

Enfim, na anterior legislatura, esta comissão passou mais de 1000 dias sem fazer raspas, zero, nadica e, já na recta final, mais ou menos à sorrelfa, lá passou uns diplomas que, no que toca a conflitos de interesses, prestação de contas, faltas, viagens e subsídios dos deputados, deixou tudo na mesma ou pior.

Muitas vezes, pior. Nesse período, um dos parlamentares que se destacou pela sua destreza na sabotagem foi Jorge Lacão. Agora, este mesmo já histórico do PS foi indicado para presidente da Comissão de Transparência, ou seja, devidamente premiado pelo boicote. Lindo.

É que não faltava mais nada. Ainda por cima, as reuniões públicas são a norma nas Comissões do Parlamento, frequentemente com transmissão em directo na AR-TV | canal Parlamento.

Lacão está tão fora do que são as boas práticas e a regra nos parlamentos pela Europa fora em termos de escrutínio e responsabilização que fala até em porta fechada por questões preventivas.

Isto é sarna, minha gente. Sarna. Bom, resta esperar que os demais deputados se oponham veementemente a mais esta tentativa de mandar a democracia para o esgoto.

Nota: Jorge Lacão diz mesmo: "tem que ser à porta fechada, porque há assuntos que têm que ser cozinhados!!!" (Joana Amaral Dias)

video: JAD. Edição: Pg.

ADENDA 04-07-2021:
"A Entidade da Transparência foi criada, por Lei, em 2019, para fiscalizar o património e rendimentos de políticos. Mas... não funciona até hoje. Porquê? Porque não tem instalações. Esta é uma desculpa bizarra e esfarrapada, que oculta a verdadeira razão, a falta de vontade dos políticos em combater a corrupção."
(Paulo Morais)


ADENDA 15-02-2023:
SÓ PODEM ESTAR A GOZAR CONNOSCO!!!
A Entidade da Transparência foi criada em 2019 para ser depositária das declarações de rendimentos e património de políticos e titulares de altos cargos públicos. A ET deve acompanhar o enriquecimento de políticos e identificar a legitimidade desse enriquecimento. Mas... nunca foi instalada, não tem ainda sequer instalações. Hoje, três anos e meio depois, tomou posse a Presidente Ana Moniz que declarou: "ainda não temos recursos".
(Paulo Morais)

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