«Bar aberto para os bancos, torneira fechada para o povo»
Filhos & enteados - Joana Amaral Dias
Então, não há dinheiro? Há sim. Para o Novo Banco nunca falta. Há sempre mais. E mais. O respectivo contrato vai ser antecipado e, em vez dos 700 milhões previstos para 2020, o Estado vai agora pagar 1400 milhões de euros.
Para responder às populações e oferecer-lhes serviços públicos de qualidade não há dinheiro. Mas para servir os bancos há nota a rodes. Para pagar prestações sociais e cumprir os direitos dos mais frágeis não há verbas. Já para oferecer regalias aos fundos abutres, não há limite. Para acudir aos cidadãos há atrasos. Para auxiliar a banca há adiantamentos. Eis as prioridades do governo. O costume. Pois.
E isto era o Banco Bom, lembra-se? Já Ricardo Salgado continua livre como um passarinho.
Enfim, no ex-BES já foram enterrados 6 mil milhões sem que se discuta ou audite com seriedade as intrujices e jogadas que por lá se passam com os nossos dinheiros públicos.
E, como se não bastasse, para iludir, esta nova injecção de capital está a ser apresentada como a injecção final. É pena não ser a fatal, melhor seria. Mas não, não é a derradeira.
Relativamente aos bancos, os governos comportam-se como alcoólicos. É sempre a última. Depois há sempre outra. E mais uma a seguir. Bar aberto para os bancos, torneira fechada para o povo.
Joana Amaral Dias
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