Há muito que este ministro vem ganhando pança e perdendo tino
SEF-se quem puder
Há muito que este ministro vem ganhando pança e perdendo tino.
(Joana Amaral Dias, facebook)
O caso de Cabrita é o do Sapo. Na fábula de Esopo, o anfíbio encheu-se de invídia e altivez, quis ser o Dono do Mundo, insuflando-se até estourar. Não fiquem admirados, portanto, de ver o Cabrita-Sapo a dizer que ele próprio é a vítima da situação do ucraniano espancado até à morte sob a sua responsabilidade política.
Há muito que este Ministro vem ganhando pança e perdendo tino.
Só para falar dos casos mais recentes, recorde-se o grave sumiço de autoridade relativamente às polícias, o caso das golas inflamáveis e o violento despejo do prédio em Arroios. Tudo tortura à democracia e aos direitos humanos em plena luz do dia como se de um batráquio inimputável se tratasse.
Pior: o caso deste socialista (que já era secretário de estado no século passado e que nada mais tem feito do que passar de deputado a ministro e de ministro a deputado) é apenas um exemplo daquilo em que adveio o nosso regime: uma república composta por governantes que se arrastam na coisa pública durante décadas, estuprando a própria essência de democracia ou tornando-a rançosa, e que se deslumbram com o poder, julgando-se acima dos mortais, inchando-se, enfunando-se.
É verdade que de vez em quando espatifam-se a eles próprios, como na moral do Grego. O problema é que, invariavelmente, rebentam connosco.